Magnetismo.


A ficha finalmente caiu, mas mesmo assim meu coração não quer ver, como se só o cérebro quisesse se livrar dele.

Ele me ama e não consegue viver sem mim, palavras ditas de sua própria boca, e é nisso que me agarro todos os dias, mas de que adianta isso se cada um interpreta de um jeito? Se ele se esvai das minhas mãos com habilidade.

Ele me abraça eu derreto, ele me olha eu derreto, ele pega na minha mão para brincarmos do “nosso” joguinho tolo, eu quase morro de amores.

Mas ao mesmo tempo eu olho para ele como meu velho amigo, que estará ali sempre que eu precisar, que me ama como irmã, que precisa de mim.

Somos como dois imãs na “geladeira de Deus”, quando separados não mostram atração alguma, mas quando juntos não conseguem se desgrudar.

Eu te amo com todas as minhas forças, disso eu estou segura e certa, só espero que eu te ame da maneira certa de agora em diante, como o melhor pedaço de mim e não como uma louca obsessão.

Lembranças.



De tudo o que vivi dentro da “redoma de vidro” a única coisa que sentirei saudades é do teu sorriso a me ver.
De todos me olharem quando você entrava pela porta de vidro, de suas roupas bregas, mas que em você ficavam perfeitas, de sua boina horrível, de seus olhares tímidos, de nossas conversas sem sentido que eu só puxava pra poder ouvir tua voz, de te ver sentado na praça sozinho e querer ir até lá e te abraçar.
Saudade dos meus olhos seguirem o teu corpo andando até mim, do sorriso bobo que você trazia ao meu rosto, do seu rubor quando alguém falava de mais sobre nós.
Saudade sem sentido essa, por que nossa “relação” nunca passou de uma conversa rápida nos minutos em que você tinha para tomar café.
Mas mesmo assim sinto saudades.
E de tudo o que passei na “redoma de vidro” a única coisa que valeu a pena foi ter te conhecido.